Além da negociação das medidas para conter o aquecimento global, a Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), em Cancún (COP-16), também mostra o que as pessoas, individualmente, podem fazer para reduzir o problema.
Uma atitude simples e eficiente que se debateu no México é a troca das lâmpadas incandescentes por fluorescentes. No Brasil, a substituição reduziria o consumo de energia em 21,4 terawatts-hora por ano, o equivalente a evitar o uso de seis usinas médias de carvão. Em relação às emissões, significaria tirar, durante um ano, 1 milhão de veículos das estradas.
Países como Cuba, Venezuela e Argentina já baniram as lâmpadas incandescentes. No Brasil, há uma proposta de portaria em consulta, porém ela deve entrar em vigor somente em 2012.
Outra medida simples - o plantio de árvores perto das casas, por exemplo - ajuda na criação de sombras no verão e de uma barreira contra o vento gelado no inverno. Isso contribui para reduzir o consumo doméstico de energia. Outro ponto que pode fazer grande diferença é não deixar aparelhos em stand-by (quando eles não estão em uso, porém continuam ligados à tomada). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Uma recente pesquisa pediátrica, publicada em uma revista, esteve se dedicando ao estudo da enxaqueca nas crianças. Constataram sua ocorrência no período de volta às aulas, quando são maus hábitos no sono e nas refeições, de modo geral, que ocasionam a enxaqueca. Alguns leitores da revista mandaram comentários, sugerindo que o motivo da dor de cabeça pode ser outro: as lâmpadas fluorescentes da maioria dos edifícios não-residenciais.
Estas lâmpadas brancas são adotadas na maioria dos imóveis, por serem mais econômicas e ecologicamente corretas. Mas o grande número de queixas sobre a possibilidade de que a luz fluorescente pode incitar a dor de cabeça levou os médicos a estudarem a fundo essa questão. Umpediatra do Hospital de Cincinnati (Ohio, EUA) explica que não há provas científicas, pelo menos por enquanto, que confirmem tal relação, mas que ela pode sim existir.
O médico conta que pacientes com enxaqueca são mais sensíveis à luz (o termo usado é fotofobia, embora não se trate de uma fobia neurológica). E não se trata apenas das lâmpadas: na areia da praia ou na neve, os fotofóbicos podem sentir semelhante dor de cabeça, já que a sensibilidade não se altera.
O comprimento de onda luminosa também é fator determinante, segundo a pesquisa. A luz azul, por exemplo, tem mais propensão a causar enxaqueca. Daí o perigo de alguns carros terem faróis azuis, já que podem reduzir a visibilidade do motorista que vem sem sentido contrário.
Um estudo mais antigo, de 1989, constatou que trabalhadores atuando em locais fechados, com lâmpadas acesas o dia inteiro, eram mais propensos a ter dor de cabeça do que aqueles que ficavam em lugares abertos, sob a luz do dia. Essa fotofobia pode ocorrer em maior ou menor escala. [The New York Times]
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